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Memória Libertária

Documentos e Memórias da História do Movimento Libertário, Anarquista e Anarcosindicalista em Portugal

Documentos e Memórias da História do Movimento Libertário, Anarquista e Anarcosindicalista em Portugal

Memória Libertária

03
Mar23

A MANIFESTAÇÃO ANARQUISTA DE 3 DE MARÇO DE 1975 EM SOLIDARIEDADE COM OS TRABALHADORES ESPANHÓIS


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A 3 de março de 1975, vários grupos (uns anarquistas e outros afirmando-se apenas internacionalistas) de Lisboa organizaram uma manifestação de solidariedade para com os trabalhadores espanhóis ainda sob o jugo de Franco, aproveitando o aniversário do assassinato de Salvador Puig Antich, que tinha sido garrotado um ano antes, a 2 de março de 1974.

Foram várias centenas os manifestantes que desfilaram Avenida da Liberdade acima, provocando alguns estragos nas montras de companhias espanholas que ali tinham as suas delegações.

O comunicado que convocou a manifestação – para além de outro material publicado na altura – traduz o espírito da convocatória e a solidariedade que todo o movimento libertário português sempre prestou, neste período difícil, aos companheiros espanhóis.

Sobre esta manifestação, escreveu Júlio Carrapato, alguns anos depois, que "os jovens anarquistas e os velhos anarco-sindicalistas portugueses foram os únicos a organizar a manifestação de 3 de Março de 1975, contra o Pacto Ibérico e de solidariedade com os trabalhadores espanhóis, a única claramente antimilitarista que se fez no Portugal pós-fascista, na qual se gritou uma frase que os jornais servis nem se atreveram a transcrever na íntegra: “os soldados são filhos do povo; os generais são filhos da puta”. Coitados, com toda a boa vontade que os caracteriza em relação aos partidos do Governo ou aos da oposição legal democrática (sempre “a mudança”!), só ousavam citar a boutade até meio, o que, convenhamos, alterava “um pouquinho” o sentido da frase…”

Referindo-se a esta manifestação, Carlos Gordilho, escreve que: "A manifestação pública referida neste texto (...), foi planeada pela Associação de Grupos Autónomos Anarquistas. Na organização colectiva desse evento também participaram os companheiros espanhóis refugiados, que diáriamente conviveram connosco em Almada. Local onde estiveram alojados durante seis meses. A AGAA nessa época representava a única estrutura anarquista real, com capacidade de mobilização da juventude e com a força necessária de penetração em alguns sectores sociais. Na área indústrial da margem sul do Tejo (Lisnave, Oficinas do Arsenal do Alfeite, Companhia Nacional de Pescas, Siderurgia Nacional) a nossa propaganda era distribuida nos locais de trabalho, a partir de uma rede de jovens operários." (aqui)

Em baixo está a “notícia” do “insuspeito” Diário de Lisboa, então dominado pelo PCP e pela extrema-esquerda (a maioria hoje a militar em partidos de direita) que, num texto não assinado e demonstrativo daquilo que, na altura e agora, se chama “isenção jornalística”, tenta ironizar com a forma como decorreu o desfile de protesto. Quem lá esteve não se reconhece no tom faccioso e mentiroso da prosa! Mas fica como exemplo desses tempos, em que depois de 16 anos de repressão burguesa na 1ª República e de 48 anos de fascismo, o movimento anarquista ainda sofreu todo o tipo de silêncios, perseguições, mentiras e ocultações após o 25 de abril por parte de quem quis ocupar as primeiras filas de uma democracia de opereta.

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04
Fev23

4 de fevereiro de 1977: manifestação anarquista no Rossio pela libertação do português João Freire, preso em Barcelona numa reunião da FAI


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Arquivo Portal Anarquista

Em Janeiro de 1977, quando em Espanha o movimento anarquista e anarcosindicalista se tentava reorganizar, depois da morte de Franco, já na chamada "transição", uma reunião da FAI, em Barcelona, foi interrompida pela polícia e os participantes presos. Entre eles, em representação da FARP (Federação Anarquista da Região Portuguesa), estava João Freire (1), que conta detalhadamente este episódio no seu livro autobiográfico "Pessoa Comum no seu tempo", (pgs. 453-459).

Informados da prisão de João Freire, alguns dos grupos constituintes da FARP defenderam que deviam tomar posição sobre esta prisão e comvocaram um protesto público, no Rossio, para 4 de Fevereiro, quase uma semana depois das prisões, que tinham acontecido no domingo anterior, 30 de janeiro.

A convocatória da manifestação refere que "ao contrário do que os órgãos de informação têm propalado, foi preso no passado domingo um anarquista português: João Freire, ex-exilado em França do regime salazarista. Simultaneamente, é encarcerado em toda a Espanha um elevado número daqueles que se opõem à paz podre do Sr. Suarez e dos seus avalizadores ocidentais".

E acrescenta: "Nós, que não somos discretos nem tememos as repercussões políticas dos escândalos diplomáticos, não abdicamos de nos solidarizarmos com o nosso companheiro e com as demais vítimas da repressão".

Conclui ainda o comunicado. "Assim, apelamos a todos os revolucionários a participarem num movimento de solidariedade, o mais amplo possível, que se inicia hoje às 19 horas, com uma manifestação no Rossio.

PELA LIBERTAÇÃO DE JOÃO FREIRE E DE TODOS OS PRESOS ENCARCERADOS NAS MASMORRAS ESPANHOLAS!

NÃO ÀS PSEUDO-LIBERALIZAÇÕES, SIM À REVOLUÇÃO SOCIAL!"

Assinam a convocatória os grupos anarquistas Acção Directa, A Ferro e Fogo, Lanterna Negra, Os Solidários, Liberdade, Núcleo de Intervenção Anarquista e Indivíduos Anarquistas.

Sobre a manifestação (em que não esteve presente) também se referiu João Freire no livro atrás citado, diminuindo a dimensão da solidariedade então manifestada e reduzindo-a a uma caricatura. Para a manifestação não foi pedida autorização e, na verdade, esteve presente um grande contigente da polícia, tendo havido confrontos com alguns manifestantes, bem mais do que "a meia dúzia" referida por João Freire, na passagem que dedicou a esta manifestação na sua autobiografia.

"(...) Na FARP, as atitudes divergiram (como seria de esperar) (2). Enquanto a maior parte, preocupada, acatou sem qualquer dificuldade esta orientação, o grupo "Acção Directa" queria passar imediatamente à "agitação de rua". E foi contrafeitos que se retiveram durante alguns dias, parece que dando uma espécie de ultimato ("o mais tardar na sexta-feira..."). Assim, quando eu já sobrevoava a meseta ibérica a caminho de casa, eles estavam distribuindo panfletos na Cidade Universitária sobre o "Anarquista português preso em Espanha" e convocando uma manifestação de protesto para o fim da tarde na Praça da Figueira (sic). Disseram-me camaradas que a observaram (mas não se envolveram nela) que foi mais um triste espectáculo, com a praça cheia de polícias e meia dúzia de jovens excitados pelos slogans bombásticos do Gabriel Mourato (do tipo "Morte ao Estado e a quem o apoiar! Morte à polícia!", completamente isolados e recebendo dichotes ríspidos e mesmo ameaças dos passantes e de grupos de "retornados" que ali estacionavam ("Vão mas é lá para a Rússia...") e o "líder" espumando raiva e impotência por todos os poros!"   - João Freire, "Pessoa Comum no seu tempo", (pg. 459).

Um relato pouco preciso do que aconteceu, mas que dá conta do ambiente que já se vivia na FARP (a Acção Directa e outros grupos abandonaram mesmo a organização durante este ano) e que haveria de agravar-se com a participação de João Freire no Congresso Anarquista de Carrara, um ano depois, de que o grupo Acção Directa se dessolidarizou e criticou de forma pública e violenta as decisões ali tomadas, nomeadamente acerca da violência revolucionária, tendo a FARP sido dissolvida oficialmente em Novembro de 1979.

1) João Freire, sociólogo, professor universitário reformado. Frequentou o Colégio Militar, oficial da Armada, desertou em 1968 da guerra colonial, depois exilado político em França. Fundador da revista "A Ideia" e da FARP. Investigador sobre o anarquismo e as lutas sociais na 1ª República. Ex-anarquista. Publicou como testemunho deste afastamento dos ideais anarquistas o livro Um projecto libertário, sereno e racional (Lisboa, Colibri, 2018).

2) Segundo João Freire, o advogado que seguia o seu caso, "Joaquim Pires de Lima, com escritório em Cascais", teria aconselhado a "não levantar "burburinho público" durante uma semana, para a hipótese de as coisas se resolverem pelo melhor,; se eu não fosse libertado nesse prazo, podia então pensar-se que eu estava judicialmente em má posição (sob alguma acusação grave) e dever-se-ia agir por outros meios".

Freire, João " "Pessoa Comum no seu tempo - Memórias de um médio burguês de Lisboa na segunda metade do século XX", Edições Afrontamento, Lisboa, 2007.

 

16
Jan23

Carta do MLM publicada no jornal francês Liberation a seguir aos incidentes da manifestação de 13 de janeiro de 1975 em Lisboa


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Carta do M.L.M.

 

ACONTECIMENTOS DEGRADANTES...

O Movimento de Libertação das Mulheres portuguesas decidiu inaugurar o Ano Internacional da Mulher, declarado pelas Nações Unidas, queimando os símbolos da opressão feminina, tais como o Código civil e penal, exemplares pornográficos que utilizam o corpo da mulher como objecto, esfregões e vassouras, etc., todos os tipos de Iiteratura «machista», fraldas (simbolizando o mito da maternidade — enquanto a lei dá apenas ao pai todos os direitos sobre os filhos…).

Os filhos de algumas feministas tinham voluntàriamente decidido participar na manifestação, queimando brinquedos que determinam, desde a infância, o papel reservado a cada sexo na sociedade: metralhadoras e tanques para o rapazes, bonecas para as raparigas.

Seis horas da tarde: quinze feministas chegam ao Parque Eduardo VIl, vestidas de «vamp», com vestido de noiva, disfarçadas de mulheres grávidas, de donas de casa, etc. A imprensa anunciou alguns dias antes esta manifestação como um «strip-tease». Para sua grande surpresa, milhares de pessoas (duas mil a cinco mil pessoas) — sobretudo homens — aguardam-nas. Durante três minutos, não se passa nada. Abre-se um círculo para as deixar passar. No momento em que acendem uma fogueira, o círculo fecha-se à sua volta, e começa a grande confusão: torna-se impossível queimar seja o que for. Chovem dezenas de insultos: «Vamos montá-las», «As mulheres só são boas para a cama», «As mulheres para casa», etc. (e mais todos os tipos de insultos intraduzíveis) acompanhados de gestos obscenos. Uma militante negra é coberta de injúrios: «Vamos fodê-la. As pretas são as melhores na cama.» Um pequeno grupo de mulheres que ostenta uma faixa com as palavras:  «Isto é ridículo», e que, no início, gritavam: «Elas é que deveriam ser queimadas», ao verem a brutalidade de que as feministas são alvo mudam ràpidamente de opinião e começam a gritar: «Vocês, os homens, é que são ridículos.» Um grupo de homens com as bandeiras e os emblemas do PCP (Partido Comunista Português) cantam o hino do Partido. As crianças presentes quase sufocam. As feministas tentam pô-las a salvo recuando para um carro estacionado ali perto, pertencente a uma delas. Mas os homens perseguem-nas, tentando virar o carro.

É então que uma das raparigas começa a gritar: «Querem matar-nos com os nossos filhos?» E é só então que eles param. Acabamos por nos refugiar num prédio, a uma centena de metros dali. E o carro é então imediatamente danificado por uma multidão de homens enraivecidos.

Mulheres simpatizantes, mas não militantes do movimento, que trazem cartazes ou que decidiram manifestar com as militantes, são agredidas — é o caso de uma senhora idosa de 60 anos que trazia uma vassoura. As forças da ordem chamadas à pressa recusam vir porque «há muita gente». As forças do COPCON (Comando Operacional do Continente) chegam ao fim da manifestação que não durou muito tempo — houve no entanto homens que ficaram durante longos momentos gritando diante da porta do prédio onde as mulheres se refugiaram, após terem despido completamente uma jovem de 17 anos que passava por acaso e que foi salva no último momento por um jornalista indignado.

Pode-se imaginar o choque e o mau-estar que persistem após todos estes acontecimentos degradantes, espelho de uma sociedade reprimida durante dezenas de anos por uma política baseada na ignorância e na repressão, na supremacia do homem, viril, herói, «garante destemido e irrepreensível» da religião, da pátria e da família, com uma mãe virtuosa, uma mulher sem mácula, uma irmã a defender das calúnias, e a puta com que se vai para a cama e de quem se diz (e a quem se faz) todo o mal possível.

Movimento de Libertação das Mulheres

(Jornal parisiense Libération, 4 de Fevereiro de 1975)

aqui:  MANIF MLM 1975.pdf

(agradecimentos a Ângelo Barreto e Helena Santos)

16
Jan23

Ainda sobre a manifestação do MLM, em Lisboa, a 13/1/1975: reportagem da RTP


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ver aqui

Lisboa, manifestação organizada pelo Movimento da Libertação das Mulheres é interrompida e boicotada por grupos de homens no Parque Eduardo VII. Homens dirigem-se e observam a manifestação no Parque Eduardo VII a 13 de janeiro de 1975; mulheres seguram cartazes rasgados; imagens noturnas de manifestantes; recortes de revista no chão.

20
Dez22

"Arriba Franco más alto que Carrero Blanco"


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Logo após o 25 de Abril de 74, ainda Franco "reinava" no Estado Espanhol, era grande a solidariedade entre os anarquistas portugueses e espanhóis, servindo, nalguns casos, Portugal como retaguarda de apoio a companheiros espanhóis perseguidos pelo regime franquista. Desta solidariedade internacionalista resultou a manifestação de solidariedade com os trabalhadores espanhóis convocada pelos anarquistas para o Rossio, a 3 de Março de 1975, em que, entre outras palavras de ordem, também se ouviu, numa analogia com o atentado da ETA ao principal chefe militar do estado espanhol: "Arriba Franco más alto que Carrero Blanco". (arquivo Portal Anarquista)

20
Out21

Fotos da manifestação em Lisboa de solidariedade internacionalista de 26 de janeiro de 2013


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No sábado,26 de Janeiro,entre as 14h 30 e as 18h, foi levado a cabo em Lisboa, um protesto anti-autoritário contra o capitalismo, fascismo e repressão, de solidariedade com os compas na Grécia e em todo o mundo e pela defesa dos espaços libertados. Em particular, no seu comunicado, abordavam-se o ataque frontal do Estado grego contra o movimento anti-autoritário, a repressão política dos activistas contra o TAV (Itália) e da ZAD (Zona A Defender, contra o novo aeroporto dos arredores de Nantes), a repressão dos movimentos indígenas, as repressões violentas de manifestações massivas por toda a Europa (caso da greve geral 14N) e o ataque policial a estudantes do ensino básico com gás lacrimogéneo, dentro de uma escola em Braga (Portugal). Uma chamada à luta, sem fronteiras.

aqui: https://www.facebook.com/emilia.cerqueira/photos_stream

20
Out21

Manifestação de solidariedade com os movimentos anti-autoritários gregos. Lisboa, 26 de janeiro de 2013


Solidariedade com @s compas greg@s e de todo o mundo!
26.Jan. SALDANHA 14H30 – LARGO DO CAMÕES 17H00

Durante os últimos meses, os ataques contra os movimentos anti-autoritários têm sido reforçados a nível mundial.
Desde os ataques às ocupações de terras e às acções de greve, ao despejo de espaços auto-geridos e de ocupações de empresas – todas as actividades que sejam susceptíveis de criar espaços libertados dentro deste sistema tendem a ser esmagados. Os nossos meios de contra-informação são censurados ou bloqueados. Quando saímos às ruas para expressar as nossas ideias, lá está a polícia à nossa espera…
As câmaras de vigilância seguem-nos a par e passo. @s noss@s companheir@s vêm-se pres@s.
Em muitos casos, torna-se cada vez mais evidente a ligação do estado aos grupos fascistas, que se tornaram uma ameaça mortal omnipresente para alguns/algumas de entre nós. Nas regiões do mundo onde o empobrecimento atinge directamente largas margens da sociedade, o Estado combate os movimentos anti-autoritários, que se formam para combater, na sua génese, a fome e a injustiça.
Por todo o mundo, e nas últimas semanas especialmente na Grécia, os espaços e centros libertários são atacados com o objectivo de destruir a ideia de auto-gestão e defender o sistema que prevalece. Nos ataques mais recentes, o objectivo parece ser a destruição do movimento anti-autoritário, o desmantelamento dos lugares onde a resistência contra os poderosos e as alternativas são semeadas e produzem frutos.
Torna-se necessário conectar as nossas lutas globalmente. Embora seja o ataque frontal do Estado grego contra o movimento anti-autoritário o que está na origem deste apelo, são inumeráveis os exemplos no mundo inteiro que mostram os ataques sistemáticos sobre os movimentos de resistência a este sistema que nos oprime e atira para a miséria – desde a repressão política dos activistas contra o TAV (Itália) e da ZAD (Zona A Defender, contra o novo aeroporto dos arredores de Nantes) à repressão dos movimentos indígenas, das repressões violentas de manifestações populares por toda a Europa (como na greve geral 14N) até ao ataque de estudantes do básico com gás lacrimogéneo em Braga.
O aparelho estatal e policial opera e coopera de maneira transnacional e tem como objectivo a defesa dos interesses dos poderosos, na lógica da destruição das estruturas solidárias e da “pacificação” à força da sociedade, com todos os meios à sua disposição.
É preciso responder a estes ataques concertados. Apelamos a uma campanha de solidariedade e de resistência activa no mundo inteiro como resposta aos ataques contra o movimento anti-autoritário em Atenas e todos os outros movimentos reprimidos. Concretamente, isto significa: Pensar em acções para fazer nos seus locais, doações, organizar o apoio material e ser criativ@.
Mas este apelo não se limita a algumas acções dispersas, mas pretende ser uma chamada para “despertar” o movimento anti-autoritário. Acabe-se com a passividade e com os combates defensivos!
Temos de nos bater dia após dia e independentemente das expulsões e detenções. Não esperemos que outros ataques contra o nosso movimento sejam realizados – é necessário agir já. Só quando conseguirmos interromper a lógica da luta defensiva seremos realmente capazes de nos opor a este sistema. Cada ataque da reacção é um ataque contra tod@s nós! Não há fronteiras nos nossos corações! Não podemos permanecer inactiv@s, perante a destruição de todas as nossas estruturas e a continuação da realização dos seus planos.
Por cada projecto atacado, deve ser encontrada uma resposta apropriada. Por cada expulsão, devem ser feitas duas reocupações. Por cada companheir@ pres@, o combate social deve ser reforçado. Mostremos que um ataque tem consequências. É importante informar-se a uns e a outros sobre os projectos, a fim de se reagir em força.

Rebeldes e selvagens, nós damos-lhes a crise!

A solidariedade é a nossa maior arma!

Guerra à guerra dos poderosos!

 

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19
Out21

CONCENTRAÇÃO FRENTE AO ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE LISBOA ÀS 11 HORAS, DO DIA 8 DE JANEIRO DE 2013


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Cartaz aqui 

“Presos/as, familiares e movimentos sociais convocam uma concentração de solidariedade e denúncia no dia 8 de Janeiro de 2013 (amanhã) pelas 11horas da manhã, em frente ao Estabelecimento Prisional de Lisboa. Haverá visita para familiares que termina pelas 11:30h. Apareçam! Circulem esta mensagem.

São diversas as denúncias sobre a tensão vivida por presos e familiares de presos no Estabelecimento Prisional de Lisboa (bem como noutras prisões em portugal), a prática de tortura dentro desta instituição do Estado viola leis nacionais e internacionais de Direitos Humanos. São diversos os casos de espancamento praticados por guardas no Estabelecimento Prisional de Lisboa, são relatados com regularidade bem como outras queixas relativas a condições de celas, comida, cuidados de saúde e tratamento humilhante de familiares. Presos/as, familiares e movimentos sociais solicitam a intervenção urgente sobre o comprometimento do Estado Português com a não violação dos Direitos Humanos nas prisões em Portugal (inclusive recentemente Portugal ratificou o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes da ONU, convenção que assinou em 2006.).

Vamos dar voz a esta opressão!
Circulem sff pelos vossos contactos.”

fonte: https://www.facebook.com/IndignadosLisboa?fref=ts

aqui: https://colectivolibertarioevora.wordpress.com/2013/01/08/concentracao-hoje-terca-feira-frente-ao-estabelecimento-prisional-de-lisboa-as-11-horas/