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Memória Libertária

Documentos e Memórias da História do Movimento Libertário, Anarquista e Anarcosindicalista em Portugal

Documentos e Memórias da História do Movimento Libertário, Anarquista e Anarcosindicalista em Portugal

Memória Libertária

05
Mai23

Rui Vaz de Carvalho (1941-2003)


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biografia de Rui Vaz de Carvalho.pdf

Neste dia 5 de Maio, há 20 anos, o movimento libertário português perdia um dos mais destacados e influentes militantes libertários da geração do pós-25 de Abril de 1974, que o “apanhou” na força da idade. Aos 61 anos, morria no Hospital Amadora-Sintra, Rui Vaz de Carvalho (de nome completo Rui Antonino Pombares Vaz de Carvalho), homem ligado às artes, professor do ensino preparatório, integrou  desde sempre diversas publicações e associações anarquistas.

Nascido em Luanda, em 1941, Rui Vaz de Carvalho tinha uma sólida bagagem teórica, e esteve sempre ligado aos mais diversos projectos editoriais, servindo também de elo entre os militantes mais velhos e os mais novos. Integrou projectos como os de A Batalha, a Merda,  Voz Anarquista, Acção Directa,  Antítese e  Utopia, bem como vários outros direccionados para o ensino e para o teatro. Pouco tempo depois da sua morte, José Maria Carvalho Ferreira traçava a sua biografia na revista Utopia, nº 16, de 2003, revista de cuja equipa redactorial fazia parte quando se deu o seu desaparecimento.

https://colectivolibertarioevora.wordpress. com/2016/09/14/biografia-rui-vaz-decarvalho-1941-2003

 

 

13
Fev23

(1975) Portugal, base de apoio para os militantes espanhóis anti-franquistas


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Quando se deu o 25 de Abril de 1974 em Portugal, ainda Espanha vivia sob o franquismo e toda a actividade politica e social era fortemente reprimida. Durante os meses que se estenderam até à morte de Franco (Novembro de 1975) e depois à "abertura" politica e social no país vizinho que ainda levou vários anos - o primeiro comício público da CNT, pós Franco, apenas se realizou em Março de 1977, nos arredores de Madrid -, Portugal foi usado como espaço de retarguarda para muitos activistas das várias regiões de Espanha, entre eles muitos libertários - bascos, catalães, galegos, andaluzes, madrilenos. O incipiente movimento libertário português acolheu-os sempre que pôde, estabeleceu relações de companheirismo e deu a ajuda possível, servindo em muitos casos de abrigo temporário para militantes perseguidos pelas autoridades espanholas, nomeadamente aquando do caso "Scala" ( aqui também), em Barcelona, em Janeiro de 1978, numa operação montada pela polícia espanhola para destruir o movimento anarquista catalão e a CNT, durante a qual muitos militantes foram perseguidos e tiveram que procurar apoio externo.

Outros agiam por sua conta e risco, trazendo para Portugal métodos de luta contra empresas espanholas, tentando apressar o fim da ditadura. É neste campo que se insere o incêndio de três autocarros de uma empresa espanhola, em Lisboa, em Janeiro de 1975, em que foi presa uma cidadã espanhola que, casualmente, por ali passava e que não tinha a ver com aquela acção, reinvindicada, em comunicado, que publicamos acima, por um "comando" anarquista.

Documento aqui: https://1969revolucaoressaca.blogspot.com/search/label/Corrente%20Anarquista